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CONECTIVIDADE E O PRESENTE

Professora Agda Carvalho investiga como o design e o artesanato raiz da comunidade quilombola, em São Bento do Sapucaí, pode estimular outras possibilidades criativas e fomentar a economia, em um processo colaborativo e dinâmico – Conectividade e o Presente.

Feita pela artesã Renilda Aparecida da Rosa Ferreira e pelos alunos João Ricardo Carini Leal, Gisele Canever, Lucas Zampiere, Emanuelle Ramos.

Reduto de artesãos, o bairro do Quilombo, em São Bento do Sapucaí, interior de São Paulo, na divisa com Minas Gerais, é um dos mais antigos da cidade. Fruto de uma história de fé, luta e união, os moradores exaltam sua cultura e tradições.

Hoje, o bairro possui a Associação Arte no Quilombo, e artistas como o escultor Ditinho Joana, que despertaram o interesse de Agda Carvalho, professora do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), artista visual e pesquisadora de Arte e Design. No ano passado, com apoio do IMT, ela deu início ao projeto “Entre Derivas: design e conectividade” para especular possibilidades em comunidades criativas.

Feita pela artesã Juliane Aparecida Santos Assis e pelos alunos Julia Onaga, Luiz Gabriel de Oliveira Sarno e Larissa Mie Yoshikawa.

O projeto do IMT ampliou-se em 2022, junto a efetivação de uma parceria com o Governo do Estado de São Paulo por meio do ProAc, e da Masiero Arte e Cultura. A docente e seus alunos estão ainda mais envolvidos. “Agora, além da observação do design e do próprio território, estamos desenvolvendo ações que articulem design e artesanato, resgatando o retorno às raízes quilombolas, e a relação ancestral com a natureza”, explica Carvalho.

Agda conta que a região de influência da cultura quilombola apresenta perspectivas para a pesquisa fundamentada na sustentabilidade e no biomimetismo, pois observa a natureza como modelo e mentora para soluções que possam ser aplicadas em diferentes áreas.

Explica também que as atividades têm como objetivo oferecer capacitações em marketing digital para cerca de 21 artesãs e estabelecer um processo criativo entre elas e os alunos de design do IMT no desenvolvimento de luminárias. “A ideia é entrelaçar o design com o artesanato para criar objetos e estimular a criação colaborativa”, diz Carvalho, e é aqui que o especular sobre o futuro abre mundos e busca outras formas de pensar e de imaginar possibilidades.

Agda Carvalho. Artista Visual. Pós Doutora em Humanidades Digitais no Media Lab – UFG. Pós-Doutora em Artes - UNESP. Doutora em Ciências da Comunicação - ECA/USP. Mestre em Artes Visuais - Instituto de Artes da UNESP. Docente e pesquisadora no Instituto Mauá de Tecnologia onde Lidera o Grupo de Pesquisa LabDesign. Participa do Grupo de Pesquisa GIIP da UNESP.

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